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Cerca de 6 mil protestam na região de Osasco contra terceirização

Por Cristiane Alves | 15 abr 2015

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Terminaram há pouco os protestos nas metalúrgicas da região de Osasco, neste Dia Nacional de Lutas contra a Terceirização. Cerca de 6 mil trabalhadores participaram em fábricas como Cinpal, Nyaço, Budai, Delphi, Mecano Fabril, Rayton, Aisin, Cecil, Zoppas, entre outras.

Metalúrgicos da Cinpal dizem não a precarização

As manifestações começaram às 6h e demonstraram a determinação do Sindicato e da categoria de combater a terceirização nas atividades fins. “A categoria mostrou sua preocupação com as consequências da aprovação do projeto e que está junto com o movimento nacional de luta contra a precarização do trabalho, contra essa ameaça”, afirma o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Jorge Nazareno. O Sindicato dá continuidade às assembleias ao longo da semana e mantém os trabalhadores de prontidão.

Nas assembleias o Sindicato explicou sua posição contrária ao projeto aprovado na Câmara. “Regulamentar a terceirização é importante porque não há nada que garanta os direitos dos terceirizados. Mas, não vamos admitir terceirização nas atividades fins, nem que tenhamos de fazer greve”, defende o diretor Gilberto Almazan.

Contra a Precarização – Neste sentido, a entidade que é filiada à Força Sindical, reconhece o esforço do deputado Paulo Pereira da Silva em procurar negociar garantias aos trabalhadores, em relação ao texto já em tramitação no Congresso. “Mas, reafirmamos nosso posicionamento contrário as terceirizações. Vamos lutar por nossos direitos e contra a precarização”, afirma o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno.

Prejuízos – Entre os prejuízos de uma regulamentação que envolva todos os trabalhadores de uma empresa, está a redução da base de cálculo para eleição de Cipa (Comissão de Acidentes de Trabalho), obrigação de a empresa ter SESMT (Serviço Especializado em Medicina do Trabalho), contratação de pessoas com deficiências.

Também afeta a manutenção de conquistas, como a redução de jornada de trabalho, já que, em muitas metalúrgicas da região os trabalhadores têm carga horária menos de 44 horas semanais. “A empresa não vai hesitar em mandar embora estes trabalhadores para contratar terceirizados que trabalhem as 44 horas. É um retrocesso”, resume o vice-presidente do Sindicato, Carlos Aparício Clemente.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #05