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Eternit é condenada a pagar mais de R$ 400 milhões por expor trabalhadores ao amianto  

Por Auris Sousa | 09 mar 2016

Foi graças a incansável luta que a Eternit foi condenada a pagar mais de R$ 400 milhões de indenizações por expor trabalhadores ao amianto. A indenização, que foi determinada em 26 de fevereiro, é a maior já imposta à empresa.

A decisão foi tomada na união de duas ações: uma do Ministério Público do Trabalho pedindo indenização por dano moral coletivo e acompanhamento médico e outra, da Abrea (Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto), pedindo indenização para cada ex-trabalhador exposto à fibra cancerígena.

Para Eliezer, presidente da Abrea, o resultado é mais que uma conquista, é uma reparação. “Se analisarmos o poder econômico e político da empresa, vamos concluir que até que avanços rápido. Claro que foi com muita luta, inclusive do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco”, avalia ele.

Segundo Fernanda Giannasi, do montante de R$ 400 milhões, R$ 100 milhões são por danos coletivos; R$ 300 mil são referentes a dano moral a cada trabalhador que já tenha recebido o diagnóstico de doença relacionada ao amianto; e R$ 90 mil por dano moral existencial a cada trabalhador; R$ 50 mil a título de danos morais a cada ex-trabalhador exposto ao amianto que ainda não tenha sido diagnosticado com doença relacionada à exposição, entre outros.

As conquistas estão chegando, mas engana-se quem pensa que a luta já acabou. “Enquanto o amianto não for banido completamente do Brasil a nossa luta não para”, finalizou Eliezer.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07