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EDIÇÃO # 10
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Centrais sindicais organizam greve geral contra a reforma da Previdência

Por Auris Sousa | 07 maio 2019

Grande ato no 1º de Maio aprovou 14 de junho como indicativo para a ação 

Com ênfase na luta contra a reforma da Previdência, as centrais sindicais e os sindicatos organizaram o maior 1º de Maio de todos os tempos. A unidade em defesa da aposentadoria digna e pública para todos reuniu mais de 200 mil pessoas no Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo, e contou com a participação dos metalúrgicos de Osasco e região.

Grande ato no 1º de Maio contra a reforma da Previdência reuniu mais de 200 mil pessoas

Em meio a protestos contra a reforma e o aumento do desemprego, trabalhadores de diversas categorias reafirmaram o dia 14 de junho como indicativo de um Dia de Greve Geral em todo o Brasil. “Estamos defendendo o País e a greve geral será a continuidade desta luta”, destacou Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

Vagner Freitas, da CUT, disse que os movimentos sindical e sociais têm coragem para lutar para que o Brasil volte aos eixos, inclusive com justiça tributária e com a retomada dos investimentos em saúde e educação. “Ninguém vai nos calar, ninguém impedirá a voz do povo brasileiro”.

Presidente da UGT, Ricardo Patah, destacou a “unidade das centrais e a necessidade urgente de a luta crescer contra o terrível problema do desemprego”. [Com informações da Força Sindical].

Passos da reforma da Previdência na Câmara

O presidente da comissão especial que analisa a reforma da Previdência (PEC 6/19), deputado Marcelo Ramos (PR-AM), espera que a proposta seja votada até junho na comissão. Cronograma de trabalho prevê a realização de 11 audiências públicas com cerca de 60 convidados para debater o tema.

Instalada em 25 de abril, a comissão especial vai analisar o mérito da proposta, podendo modifica-la, e terá 49 titulares. A aprovação da reforma exigirá pelo menos 25 votos favoráveis.

“Este é o momento de reforçar e intensificar a luta contra a reforma da Previdência proposta pelo governo. A diretoria tem passado um abaixo assinado nas fábricas, assine. No nosso site também tem o contato dos deputados, mande e-mail para eles e exija que eles votem a favor dos trabalhadores, que votem contra esta proposta que só prejudica os brasileiros”, orienta o secretário-geral do Sindicato, Gilberto Almazan.

A pressão dos trabalhadores já contribuiu para o relator da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) desistir de acabar com a multa de 40% do FGTS nas demissões sem justa causa para aposentados.

Se aprovada na comissão especial, a proposta de reforma da Previdência será analisada pelo Plenário da Câmara em dois turnos de votação. A aprovação exigirá pelo menos 308 votos. Caso isso aconteça, o texto seguirá para o Senado.