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EDIÇÃO # 14
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Sindicato quer construir agenda regional de enfrentamento a acidentes

Por Cristiane Alves | 08 maio 2018

Cerimônia das velas homenageou vítimas

Está marcada para esta quinta-feira, 10, na sede, uma reunião entre os dirigentes sindicais de Osasco e região para definir estratégias de enfrentamento aos acidentes de trabalho nas empresas dos diversos setores representados, incluindo os metalúrgicos, químicos, construção civil, técnicos de segurança.

A articulação foi um dos encaminhamentos do ato realizado na sede, no último dia 28, que marcou o Dia em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho. Isso porque a melhor saída é se organizar. “Nós temos de estar preparados para defender os trabalhadores dessa lógica de sobrepor o lucro à vida”, defendeu o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno. Cada uma das vítimas foi homenageada com velas acesas em suas intenções.

Outro momento importante do ato foi o lançamento do livro “De que adoecem e morrem os trabalhadores na era dos monopólios”, com a presença do médico Herval Pina Ribeiro, organizador da publicação, e do economista e professor da Unicamp, Dari José Krein, autor de um dos artigos. “Acidente de trabalho é um problema muito maior do que imaginamos: é um genocídio”, resumiu Herval.

Dari explica danos da reforma trabalhista

Genocídio que tende a se agravar com as mudanças impostas pela reforma trabalhista, que precariza direitos e aumenta as possibilidades de exploração da força de trabalho. “A reforma trabalhista, combinada com as mudanças tecnológicas, vão criar um ambiente mais propício para o adoecimento porque vão deixar o trabalhador em situação mais vulnerável, mais insegura, mais tensa”, prevê Krein.

As vítimas de acidentes de trabalho foram homenageadas com a cerimônia das velas, acesas em memória a cada uma delas e também num símbolo de compromisso com a luta. Só em 2016 (dado mais recente da Previdência Social), 700 mil trabalhadores foram vítimas de acidentes de trabalho.