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Manifestação contra terceirização mobiliza 6 mil metalúrgicos da região

Por Auris Sousa | 15 abr 2015

Metalúrgicos da Cinpal, em Taboão da Serra, e Nyaço, em Jandira, reforçaram na tarde desta quarta-feira, 15, a luta contra a terceirização, a qual mobilizou 6 mil metalúrgicos de Osasco e região. Os protestos acontecem em frente das principais fábricas da região desde às 6h.  Eles reforçam o posicionamento do Sindicato que é contrário à medida que reduz os direitos dos trabalhadores.

Companheiros da Cinpal manifestaram contra a terceirização

Ao longo do dia, em topo o país, outras categorias também se manifestaram contra o PLR (Projeto de Lei) 4330, que amplia a terceirização para todas as áreas de uma empresa. Isso se faz necessário porque no início desta tarde o Plenário da Câmara voltou a votação dos destaques deste projeto. Ontem, os deputados aprovaram retirar empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias da proposta, mas decidiram adiar para hoje as maiores polêmicas. Segundo a Agência Câmara, o texto tem 27 destaques e 6 emendas.

“Somos filiados à Força Sindical, mas este Sindicato não apoia e nunca apoiou o PL 4330. Essa luta é nossa desde 2004, somos contra a terceirização. Se for aprovada, não será com o nosso apoio. Somos contra retrocessos, prova disso é que o nome do nosso Sindicato está escrito nas principais lutas por avanço do nosso país”, ressaltou a diretora Gleides Sodré, em assembleia na Cinpal, em Taboão da Serra.

Prejuízos – O diretor Everaldo dos Santos apontou os principais prejuízos que a terceirização pode causar para os trabalhadores: salários rebaixados, redução de benefícios, crescimento do desemprego e da rotatividade. Além disso, também influencia nas questões relacionadas a saúde e segurança e nas negociações coletivas.

Trabalhadores da Nyaço se organizaram contra a terceirização

“A Cipa, por exemplo, perde força. Não será mais a mesma”, enfatizou Everaldo. Isso porque a quantidade de cipeiros tem relação com o número de trabalhadores num determinado setor. Isso quer dizer que, se as empresas começarem a terceirizar, automaticamente acontecerá a redução de cipeiros, o que pode colaborar para aumentar o número de acidentes de trabalho.

“Com a terceirização em todas as atividades, as negociações coletivas ficarão mais difíceis. Como vamos discutir acordo de PLR, por exemplo, para um setor e para outro não?”, questionou Everaldo, que alerta os trabalhadores sobre os prejuízos da precarização. “A saída é lutarmos também por uma Reforma Política, mas não no formato que a Câmara está propondo, temos que ficar atentos”, completou.

Durante assembleia, o diretor Geremias da Silva pediu para os trabalhadores terem consciência da “importância da mobilização para que os direitos dos trabalhadores não sejam desrespeitados”.

Consciência que um companheiro já tem, porque acompanha os noticiários. “Fiquei sabendo pela TV, me senti um bobo, parece que tudo está sendo feito as escondidas. É um desrespeito, uma traição”, desabafou.

Outro concorda. “Não dá para dormir sossegado, o poder de renda do trabalhador vai cair. Estou perto de me aposentar, mas não posso olhar só por mim, tem os meus filhos. Querem tirar todos os nossos direitos? Vamos torcer para que essa história seja barrada”.

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Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07