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Em dez anos, mais de 13 mil crianças e adolescentes sofreram acidentes graves de trabalho

Por Auris Sousa | 17 jun 2020

Nos últimos dez anos, de 2009 a 2019, 13.591 crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos sofreram acidentes de trabalho graves no estado de São Paulo e outros 35 morreram trabalhando. Os dados são do Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) do Ministério da Saúde. No mesmo período, o MPT (Ministério Público do Trabalho) no estado recebeu 9.260 denúncias de trabalho infantil e ajuizou 500 ações civis públicas sobre a questão.

O levantamento do Sinan mostra que a maioria das vítimas trabalhavam na informalidade, na construção civil, na agricultura, como empregados domésticos e como açougueiros, entre outras atividades. Todas são definidas pelo Decreto 6.481/2008 como piores formas de trabalho infantil. 

Campanha do MPT e parceiros alerta sobre o risco do trabalho infantil crescer durante a pandemia

A divulgação dos dados é um chamado para que a sociedade participe da campanha nacional lançada em 3 de junho contra o trabalho infantil realizada pelo MPT, Justiça do Trabalho, OIT (Organização Internacional do Trabalho) e FNPETI (Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil).

Com o slogan “Covid-19: agora mais do que nunca, protejam crianças e adolescentes do trabalho infantil”, a iniciativa alerta para o risco de crescimento da exploração do trabalho infantil diante dos impactos da pandemia. Entre as ações, os rappers Emicida e Drik Barbosa lançaram em 9 de junho uma música inédita sobre o tema, intitulada “Sementes”. 

Assista ao clipe da música “Sementes”:

 

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07