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Reforma da Previdência entra no rol de violência contra as mulheres, mostra atividade

Por Auris Sousa | 26 mar 2019

A necessidade de as mulheres compreenderem os impactos da reforma previdenciária e da violência e da violência em sua vida, para se prepararem ao enfrentamento, foi o destaque do encontro realizado pelo Sindicato, que aconteceu em 23 de março no Metalcamp. Em celebração ao Março Mulher, a atividade mostrou que a reforma da Previdência é mais uma violência contra as mulheres.

Encontro no Metalcamp fortaleceu mulheres da categoria

A proposta ignora as desigualdades no mercado de trabalho, sem a criação e fortalecimento de políticas públicas para garantir o ingresso e permanência das mulheres no trabalho, como aumento de creches e de serviços ao cuidado de idosos, licenças maternidade e paternidade. “Se aprovada, a reforma será mais um obstáculo à igualdade de gênero”, destacou Camila Ikuta, técnica do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

E igualdade de direitos não é um privilégio, mas sim uma necessidade. De acordo com Sueli Amoedo, Coordenadora dos Direitos da Mulher de Taboão da Serra, só a igualdade de direitos será capaz de combater também a violência. “Estamos num período de retrocesso. Hoje, a nossa luta é para que a gente não perca pelo menos o que já conquistamos”, alertou ela, que ressaltou diante da apresentação dos dados sobre a violência contra a mulher: “estamos lutando para nos manter vivas”. 

Sueli destacou os tipos de violências que as mulheres sofrem, e que não se deve julgar as vítimas, que, na maioria das vezes, necessitam do estado para o processo de rompimento da violência. “Quando elas querem romper o relacionamento, é que a violência começa a ficar mais incisiva. É quando eles ameaçam, vão até o trabalho delas, mandam mensagem”, conta.

A luta por uma vida mais justa e digna para mulheres é uma bandeira permanente do Sindicato, que criou o coletivo de mulheres para que as reivindicações das metalúrgicas ganhassem ainda mais voz na categoria. A partir de então também cresceu a participação das companheiras nos encontros e atividades do Sindicato.

Mônica fala sobre importância da luta

A vice-presidente do Sindicato, Monica Veloso, destacou a importância de manter a organização das mulheres, para que retrocessos sejam evitados. “Estamos vivendo um verdadeiro ataque aos nossos direitos, e as mulheres sempre são as primeiras a sentir o retrocesso, são as primeiras a perder empregos, e as primeiras a ter direitos retirados. Temos que nos manter mobilizadas, organizadas para evitar mais retrocessos”, destacou.

O presidente, Jorge Nazareno, e secretário-geral, Gilberto Almazan, enfatizaram a necessidade de toda categoria se unir contra a reforma da Previdência. “Temos que fortalecer o Sindicato, fortalecer a nossa luta, porque, se esta reforma for aprovada, vai prejudicar todos os brasileiros, principalmente os mais pobres”, enfatizou Jorge.

Se depender do Sindicato, que a cada semana intensifica mais a organização dos metalúrgicos de Osasco e região, o governo terá trabalho para reduzir os direitos da classe trabalhadora. Reforce você também esta luta, participe das atividades e assembleias do Sindicato, envie e-mail para os deputados e senadores e cobre uma atuação em prol dos nossos direitos, das nossas conquistas. #EuLutoPelaMinhaAposentadoria

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07