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Diretoria do Sindmetal
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31 de março, um dia de Luto

Por Diretoria do Sindmetal - Opinião do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 29 mar 2019

A diretoria do Sindicato considera o dia 31 de março, quando o golpe militar de 1964 completa 55 anos, um dia de luto. Neste dia, iniciou-se o golpe no país que depôs o, então presidente, João Goulart e manteve o país numa brutal ditadura.

Foram mais de duas décadas sem liberdade política, de imprensa e de expressão. A ditadura censurou, sequestrou, torturou e culminou na morte de diversos trabalhadores. O nosso Sindicato, assim como outros tantos, sofreu intervenção militar. Estava instaurada e decretada a luta contra o direito dos trabalhadores de se organizar, de buscar melhorias.

Além de perder a liberdade, de perder vidas, que até hoje os familiares não sabem o paradeiro dos corpos, a ditadura provocou um verdadeiro retrocesso nas questões trabalhistas, na educação, na cultura. É preciso lembrar isso, para que os brasileiros gravem na memória, e não esqueçam a importância de defender a democracia. Ditadura nunca mais.

Era grande a insatisfação dos metalúrgicos de Osasco e região com a política de achatamento salarial e a caça aos direitos. Por isso em 16 de julho de 1968, desafiaram a lei antigreve, cruzaram os braços contra as péssimas condições de trabalho, o arrocho salarial, e a repressão imposta pelos militares.

A greve, que durou dois dias, foi duramente reprimida pelo governo. Muitos trabalhadores e dirigentes sindicais foram presos, torturados e perseguidos. Resgatar a memória desse movimento e exaltar a história de luta de centenas de trabalhadores, sim é motivo de celebração. Isto porque não se intimidaram e lutaram pelo retorno da democracia, por liberdade e mais direitos.

Hoje, cabe a nós todos respeitar a memória daqueles que, inclusive perderam a vida, durante a luta pela redemocratização do nosso país. Então, 31 de março, para a diretoria do Sindicato de Osasco e região, é um dia de luta. É um dia para nunca mais esquecermos, para nunca mais vivermos.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #05