Vamos precisar multiplicar muito mais vezes a unidade e a força que resultou no Dia Nacional de Paralisações Metalúrgica, realizado na quinta-feira, 29. De Norte a Sul, metalúrgicos se mobilizaram cobrando medidas que efetivamente gerem empregos e não retirem direitos, dizendo um sonoro “não” a reforma da Previdência, a terceirização das atividades fins, ao negociado sobre o legislado, a jornada de 12 horas.

Será preciso mais. O governo articula para os próximos dias a votação da PEC 241, é a proposta de emenda constitucional que reduz as verbas para a Saúde e Educação. Também aguardava o termino do processo eleitoral para colocar na pauta a reforma da Previdência, além da ampliação das terceirizações. Temos muita luta pela frente porque, a julgar pelo perfil da maioria do Congresso, essas medidas poderão ser aprovadas com folga. A pressão popular tem de ser maior.

Da mesma forma, as Câmaras Municipais e as Prefeituras eleitas no último domingo deixam claro estas agressões poderão se desdobrar para as cidades da nossa região. Um resultado fortemente influenciado pela descrença nos políticos e na Política.

O nosso Sindicato vai procurar todos os espaços de diálogo para se relacionar com os eleitos e, assim, buscar reverter que essas previsões negativas se concretizem. Esperamos que aja a abertura necessária.

Ao mesmo tempo, precisamos reverter nossa indignação em participação social, na mais veemente cobrança pelo respeito aos nossos direitos. É hora de arregaçar as mangas e lutar.

Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco e Região
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