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Jorge Nazareno
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Direitos ameaçados

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 05 maio 2016

opiniao-barra-jorgeA possibilidade de retirar Dilma Rousseff da Presidência significa a troca de projetos para o país. De um projeto que criou políticas que retirou milhões da miséria, elevou o salário mínimo, gerou milhões de empregos e possibilitou a participação dos trabalhadores no debate sobre políticas públicas, podemos partir para um modelo que coloca tudo isso por terra, a começar pela própria possibilidade de participar do debate.

E os indícios são claros. Na semana passada, uma juíza de Minas Gerais concedeu liminar proibindo o centro acadêmico da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) de realizar debate sobre o impeachment. O mesmo acontece em Alagoas, que pode ser o primeiro estado a punir professores da rede estadual com demissão por emitirem opiniões em relação à Política. O projeto em Alagoas, é do deputado Ricardo Nezinho, do PMDB de Temer.

Mordaça parecida com aquela imposta pela ditadura. Isso é um atentado a uma das principais bases da Democracia, a liberdade de expressão e de organização.

E quem ganha com isso? Aqueles que sempre lucraram com a ausência de debate e participação política, que apoiam os 55 projetos que estão no Congresso para retirar de direitos de todos nós, trabalhadores, sejam do chão de fábrica ou do escritório. Não por acaso, são os mesmos que articulam o impeachment e um lugar no governo de Temer.

Se não fortalecermos nossa organização e mobilização, vamos sofrer uma derrota muito mais dolorida que os 7 a 1 impostos a seleção brasileira. Dias piores para os trabalhadores virão, se toda essa tragédia se confirmar.

Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco e Região

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07