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Jorge Nazareno
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Em marcha para o inferno

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 13 abr 2016

opiniao-barra-jorgeEngana-se quem pensa que tirar a presidenta Dilma Rousseff do cargo resolve todos os problemas do Brasil. Primeiro, que o impeachment não deve ser usado como forma de avaliar as políticas, medidas, o modo de administrar de um governante. Não é assim que o sistema presidencialista funciona.

Além do que processo de impeachment sem ter como fundamento um crime de responsabilidade é, sim, golpe. E, pior, esse golpe vem sendo usado para camuflar as reais intenções: acabar com os direitos e as conquistas dos trabalhadores. Ou alguém acha que a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), CNI (Confederação Nacional da Indústria) e a CNA (Confederação Nacional da Agricultura) iria apoiar algo que proporcionasse mais garantias para os trabalhadores?

E quem pretende tornar a vida do trabalhador um inferno para agradar as elites é Michel Temer, do PMDB. O plano Projeto para o Futuro pretende derrubar o negociado vai prevalecer sobre o legislado nas negociações trabalhistas; a previdência será reformada para introduzir a idade mínima de 65, para homens, e de 60, para mulheres; além de acabar com a política de valorização do salário mínimo e de priorizar a privatização das empresas ainda hoje sob o controle do Estado, como é o caso da Petrobras.

Por trás do “Fora Dilma” está um conjunto de intenções que não nos inclui, que retira direitos, precariza, flexibiliza. Temer, a CNI, a Fiesp, a CNA não nos representam. É preciso fortalecer a luta contra o impeachment, contra o golpe aos trabalhadores. O plano Temer é uma verdadeira Marcha para o inferno.

Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco e Região
[email protected]

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07