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Jorge Nazareno
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Entidades forcistas condenam golpe

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 09 dez 2015

É forte a corrente na Força Sindical que se opõe ao impeachment da presidente Dilma, encaminhado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Entidades como Metalúrgicos de Osasco, Eletricitários de SP, Metalúrgicos de Curitiba, Federação dos Químicos do Estado e Metalúrgicos de Santo André – entre outras -, condenam a iniciativa que consideram sem base legal e capaz de agravar a crise econômica.

JorgeA Agência Sindical ouviu quarta, 9, Jorge Nazareno, presidente dos Metalúrgicos de Osasco. A entidade publicou, na capa do jornal “Visão Trabalhista”, a nota “Em defesa do mandato da presidenta Dilma e da democracia”. Jorginho afirma: “O governo precisa mudar os rumos da política e ouvir mais a sociedade. Mas não há fatos que justifiquem o afastamento da presidenta”.

Para o sindicalista, “há um clima de histeria fabricado pela mídia, que acaba contaminando amplos setores sociais e a própria base trabalhadora”. Em sua opinião, a articulação conservadora “quer passar por cima do resultado eleitoral e punir Dilma, sem tocar, por exemplo, em Eduardo Cunha”, que é investigado aqui e na Suíça.

Jorge Nazareno cita o que chama de “seletividade nas punições”, observando que o rigor não é igual para todos os envolvidos”. O sindicalista defende equilíbrio: “Precisamos conter a histeria em certos setores, que recentemente tentou baixar a maioridade penal – se deixar passam a condenar até criança de colo”.

Inferno – O dirigente de Osasco vê com pessimismo as perspectivas com a posse de Michel Temer. “O documento ‘Ponte para o futuro’ é conservador e antitrabalhista. Me parece mais ponte para o inferno”.

SergioParaná – Editorial de Sérgio Butka, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba é direto. Com o título “Não ao golpe”, o texto afirma: “Desde que as eleições terminaram, a direita tenta inviabilizar o governo. Não sejamos inocentes. O que esse pessoal quer é tomar o poder para conseguir o que não conseguiu nos anos anteriores: deixar as portas abertas para aumentar seus privilégios.

Temos postura crítica em relação ao modo como o governo conduz a economia. E temos lutado para que mude. Agora, pôr em risco a democracia e as conquistas que o povo brasileiro construiu com suor e sacrifício ao longo de anos, para fazer o jogo do grande capital e da direita, isso não vamos aceitar”.

FORÇA NACIONAL – A Central publicou nota que o nosso site divulga abaixo.

NOTA DA CENTRAL

A Força Sindical caracteriza-se pela convivência harmoniosa, respeitando a pluralidade de todas as correntes de opinião. Em respeito a estas correntes, e entendendo que um dos pilares da democracia é o debate de ideias, a Presidência da Central Sindical vem a público reafirmar que todas as entidades filiadas à Central são soberanas para definir suas próprias posições, sejam de tendências favoráveis ou contrárias, no que se refere ao processo do impeachment em curso no Congresso Nacional, assim como sempre que a situação assim o exigir.

Ressaltamos que a pluralidade e o debate saudável e objetivo de ideias são dois dos valores mais importantes na condução de nossa atividade sindical e cidadã, enquanto representantes da classe trabalhadora que somos. Os dirigentes sindicais das entidades filiadas à Força Sindical, portanto, têm o poder de decidir quais os rumos a serem tomados quanto ao assunto em questão.

A Força Sindical, voltamos a repetir, já nasceu partidariamente plural, e assim continuará sendo, sempre de forma transparente e democrática. Deste modo, estamos mantendo a coerência que sempre nos pautou. Neste sentido, vale destacar, qualquer declaração individual pública de dirigentes do nosso quadro deve ser interpretada como uma opinião pessoal, sem qualquer influência da Central. Lembramos que a Força Sindical já externou sua neutralidade quanto ao tema impeachment.

Continuaremos unidos às demais Centrais Sindicais na luta pela mudança da política econômica do governo e pela retomada do desenvolvimento nacional. Reafirmamos que nossa Central tem se pautado na luta contra a política econômica. Nosso principal objetivo, neste difícil momento, é o de garantir o emprego e a renda dos trabalhadores.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07