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Claudio Magrão
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Por Claudio Magrão - Secretário Geral da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo 10 ago 2017

A Reforma Trabalhista é fato consumado e trará enormes desafios para os trabalhadores e suas entidades de classe, os Sindicatos. Entenda-se desafios no sentido de acharmos respostas e formas de atuação para revertermos os sérios prejuízos e precarização que a nova legislação trará aos Direitos dos trabalhadores conquistados a duras penas durante décadas de luta.

Por princípio, sempre fomos contra tudo o que esta Reforma traz nas relações entre capital e trabalho. Fomos às ruas, às portas de fábrica, promovemos greves, manifestações, paralisações e deixamos claro nossa posição em Brasília. Dissemos “Nenhum Direito a Menos!” e, mesmo com a Lei aprovada, devemos manter esta conduta. Este será o único caminho.

Para cada ponto que a Reforma coloca e que trará perda de Direito temos a obrigação de agirmos na defesa do trabalhador. Não existe fórmula mágica. Existe o que sempre fizemos: enfrentamento, mobilização, paralisação e negociação para garantirmos que nenhum trabalhador seja prejudicado. Dito assim pode parecer uma postura simplista e que não trará resultados efetivos mas, pensando bem, qual seria outro caminho? O Capital sempre procurou extrair o máximo de cada trabalhador. Essa é sua lógica. A nossa, por sua vez, é exatamente o contrário. Portanto, não há nenhuma novidade nisso.

Mais do que nunca a presença dos sindicatos nas portas e dentro dos locais de trabalho será fundamental. Não aceitamos calados nada disso e devemos continuar não aceitando. É preciso uma permanente mobilização para revertermos o aparente quadro de desolação que as alterações nas Leis Trabalhistas trazem agora. Conversar, esclarecer e, principalmente, agir junto aos trabalhadores sempre foi e continuará sendo a principal arma dos sindicatos em seu papel na manutenção e conquista de Direitos.

Novos tempos, novas regras e muitas dúvidas. Mas a fórmula histórica de enfrentamento aos desmandos patronais deverá continuar a mesma: conscientização, mobilização, organização e ação no fortalecimento da classe trabalhadora. Foi desta forma que ela se constituiu e conquistou direitos e será dessa forma que deveremos seguir.

CLAUDIO MAGRÃO

Presidente da Federação dos

Metalúrgicos do Estado de São Paulo

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07