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Jorge Nazareno
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Mobilização pela base contra a reforma da Previdência

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 08 dez 2017

Diante do adiamento da votação da reforma da Previdência, antes previsto para esta quarta-feira, 6, as centrais sindicais decidiram cancelar a convocação de greve nacional. O adiamento da votação foi um recuo do governo Temer, somente porque não conseguiu ampliar o apoio dos parlamentares para fazer a votação ainda em 2018.

Porém, a batalha não está ganha. Acreditamos que a mobilização em todos os locais de trabalho e nas ruas precisa crescer para, de forma maciça e categórica, pressionarmos os deputados a não votarem essa reforma. Mesmo com as mudanças feitas pelo governo, permanece a essência: idade mínima (60 anos para mulheres e 62 anos para homens), 40 anos de contribuição para obter 100% do benefício e mudança na fórmula de cálculo, que irá rebaixar os ganhos dos aposentados.

Somada às novas formas de contratação proporcionadas pela reforma trabalhista (terceirização, trabalho intermitente, por exemplo) vai ficar impossível de se aposentar. Além disso, vão reduzir as possibilidades de contratação CLT e a arrecadação da Previdência. Com isso, uma reforma “vendida” como necessária para salvar o futuro da aposentadoria, não vai ter o efeito propagandeado. Também não vai acabar com nenhum privilégios. Precisamos contra-atacar a propaganda com a verdade: a reforma da Previdência não corta privilégios, mas, sim, acaba com o direito a aposentadoria.

O nosso Sindicato vai seguir com a mobilização nas portas de fábrica e defendendo a unidade dos trabalhadores para enfrentar este grande ataque. Só a nossa pressão pode derrotar essa ameaça. E se o projeto for colocado em votação, a greve é um instrumento fundamental de pressão.

Jorge Nazareno

Presidente do Sindicato dos

Metalúrgicos de Osasco e Região

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Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #08