FIQUE SÓCIO!

Jorge Nazareno
COMPARTILHAR

Nenhum Direito a Menos

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 10 nov 2016

opiniao-barra-jorgeNão foi nada fácil chegar as propostas aprovadas na assembleia. Houve várias idas e vindas em que os direitos da Convenção Coletiva foram colocados em jogo e também qualquer possibilidade de repor as perdas com a inflação. O cenário econômico e político foi por vezes colocado como uma pedra no nosso caminho, uma justificativa para dificultar a negociação.

Além disso, sofremos um duro ataque, com a decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, de derrubar a vigência das Convenções Coletivas, enquanto durarem as negociações de um novo acordo.

Tudo isso pressionou as negociações e nos impulsionou a procurar costurar a proposta que menos representasse perdas aos trabalhadores. O resultado é que chegamos em dois formatos que mantêm direitos, ao mesmo tempo que repõe as perdas com a inflação.

Sem dúvidas uma grande conquista, tendo em vista o cenário político e econômico. Cenário este que prejudicou as negociações concluídas no primeiro semestre, em que somente 24% delas resultaram em aumento real, outras 37% conquistaram reposição da inflação e 39% obtiveram correções abaixo da inflação. E ainda há companheiros que não conseguiram concluir sua negociação, mesmo já tendo passado meses de sua data-base.

Ao mesmo tempo, há grupos patronais, como o 10 e parte do 19-3, que insistem em estabelecer como parâmetro de negociação o rebaixamento de direitos e de salários. A eles vamos responder com luta, especialmente, o grupo 10, que insiste numa postura pautada pela intransigência. Vamos redobrar a pressão sobre as fábricas deste grupo para garantir o acordo com base no parâmetro aprovado na assembleia, com reposição das perdas e Nenhum Direito a Menos.

Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco e Região
[email protected]

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07