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Jorge Nazareno
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Nenhum direito a menos

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 06 set 2016

opiniao-barra-jorgeA resistência do povo trabalhador não se dobra aos ataques. E o governo Temer e Geraldo Alckmin sabem disso. Temer diz que quer “pacificar” o país, mas faz isso à base de cassetetes e bombas de gás lacrimogênio. Querem amedrontar, coagir, a juventude e o conjunto dos trabalhadores revoltados com todos os ataques aos nossos direitos e o golpe concretizado com a retirada da presidenta Dilma Rousseff do poder. O impeachment deixou clara a sanha daqueles que não respeitam a vontade das urnas e viram nas fraquezas de Dilma a oportunidade para varrer o projeto de inclusão e desenvolvimento social que vinha sendo construído desde 2002.

Para nós, dizem que a crise só se resolve se forem feitas reformas na Previdência e na legislação trabalhista. Curiosamente, a solução para o desemprego passa por criar precarização, não passa por mexer nos privilégios de quem vive de renda – e não do trabalho. Passa por destruir a CLT, promovendo essa medida como o fortalecimento das Convenções Coletivas. Mas, não se iludam, companheiros e companheiros, o que querem é enfraquecer nossos direitos. Se a ideia de que “negociado” vale mais que o “legislado”, a próxima vítima serão as convenções coletivas.

E esse será o alerta que vamos também deixar claro na nossa assembleia sobre a nossa pauta de reivindicações. Ao mesmo tempo em que temos de lutar contra a flexibilização da CLT, também temos de garantir a manutenção das cláusulas que fazem da nossa Convenção Coletiva uma das mais fortes do país.

Para a opressão, a nossa resistência. Ao ataque a direitos, o nosso protesto. Por isso, a nossa campanha salarial também será de resistência. A voz dos trabalhadores terá que convencer o governo a entender, não vamos tolerar: nenhum direito a menos.

Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco e Região
[email protected]

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07