Desde junho de 2013, 90 acidentes graves ou fatais mudaram o curso da vida de metalúrgicos e de suas famílias. Isso só na nossa base territorial. No Brasil, ao ano, passam de 700 mil as vítimas de acidentes de trabalho.

Essa é uma questão de Estado e, mais, de direitos humanos. Mas, como os números demonstram, para merecer que seja vista dessa maneira depende da pressão social. É por isso que o nosso Sindicato, junto com outras organizações, tem buscado nos mais diferentes espaços a valorização da saúde e da segurança do trabalhador.

Um deles é o diálogo com a Gerência e a Superintendência do Trabalho. É fundamental ampliar o quadro de auditores fiscais, qualificar a atuação deles para os vários ramos da economia, melhorar a infraestrutura das gerências em todo o país.

Mas, nós, trabalhadores, temos outro papel importante: cobrar a prevenção, fazer com que o trabalho da Cipa seja efetivo, estar junto com o Sindicato na luta para garantir o respeito ao direito fundamental à saúde e segurança. É assim que progressivamente vamos fazer com que os acidentes diminuam e casos como o do companheiro que se acidentou na Huffix não mais se repitam. O nosso papel é crucial, tanto na cobrança às autoridades quanto no dia-a-dia nas fábricas.

Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco e Região
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