Enquanto muitos se divertem com as Olimpíadas, governo interino de Michel Temer prepara um conjunto de medidas que vai acabar com conquistas históricas que garantem uma proteção mínima aos trabalhadores. Temer só espera a conclusão do processo de impeachment para coloca-las em prática e, ao mesmo tempo, atender o capital nacional e internacional que pressiona por mudanças na nossa legislação trabalhista.

O alto desemprego é usado como argumento para nos fazer engolir a retirada de direitos. Esse é o resumo do que está por trás das intenções de “modernização” das leis trabalhistas pretendidas pelo governo interino. Usam o desemprego como moeda de troca para conseguir aquilo que sempre buscaram: retirar garantias de proteção ao trabalhador brasileiro.

Por exemplo, os patrões querem fazer com que aquilo que for negociado com os trabalhadores valha mais do que a legislação. Porém, na maioria dos casos, o trabalhador não está organizado, não sabe de seus direitos e, claro, a correlação de forças com o patrão, que paga seu salário, é desigual. Para nós, o principal é fortalecer a organização dos trabalhadores, dentro das fábricas, com o reconhecimento dos delegados e comissões de fábrica e com a interlocução dos sindicatos. Claro, não é esse o caminho que a CNI (Confederação Nacional da Indústria) – aliada do governo interino – quer tomar.

Por isso, convocamos toda a categoria a fortalecer numa só voz o nosso “não” a retirada de direitos, com a participação nas mobilizações que vamos fazer nas metalúrgicas da nossa região e no ato em frente à Fiesp. Não vamos deixar Temer vencer com suas Olimpíadas da maldade.

Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco e Região
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