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Jorge Nazareno
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Precarização não gera empregos

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 22 set 2016

opiniao-barra-jorgeAo entregar nossa pauta de reivindicações, na terça-feira, 20, reafirmamos aos grupos patronais que nossa luta é pelo aumento salarial e em defesa dos direitos da categoria, garantidos na nossa Convenção Coletiva. Sempre defendemos que o diálogo seja nosso primeiro instrumento para que cheguemos a um acordo, mas queremos que a negociação caminhe no sentido de definir medidas que, de fato, gerem empregos e não precarizem as condições de trabalho.

Nossa Campanha Salarial está muito relacionada com a discussão nacional. Vemos o governo federal falar em restabelecimento das Câmaras Setoriais – estratégia de diálogo adotada nos anos 1990, principalmente – que reuniam trabalhadores e empresários no debate sobre temas específicos. As negociações da Campanha Salarial poderão dizer se este é um caminho viável. Se houver respeito a inteligência e aos direitos dos trabalhadores, o diálogo é sempre possível.

Mas, a nossa expectativa é de que os ataques só se avolumem. Isso porque temos um governo que tem acenado positivamente para a pauta empresarial, que coloca as reformas da Previdência e a trabalhista, esta encabeçada pela terceirização, como prioridades.

Por isso, companheiros e companheiras, a hora é de luta. É preciso retomar as grandes manifestações. Temos de tomar as ruas em defesa dos nossos direitos. Sabemos do medo que paira em relação ao desemprego, mas este medo não deve servir para acuar o trabalhador. Precisamos partir para cima desse projeto que quer nos manter contra a parede, que não gera empregos, que precariza e nos enfraquece. Vamos fortalecer a luta.

Jorge Nazareno
Presidente do Sindicato dos
Metalúrgicos de Osasco e Região
[email protected]

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07