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Jorge Nazareno
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Reforma trabalhista vai aumentar a pobreza

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 18 abr 2018

Levantamento divulgado pelo jornal Valor na semana passada mostra que o número de pessoas vivendo em situação de pobreza extrema cresceu 11,2%, passando de 13,34 milhões em 2016 para 14,83 milhões no ano passado. Essa é uma das medidas mais impactantes do tamanho do retrocesso que estamos vivendo.

De acordo com o jornal, o fechamento de postos de trabalho com carteira assinada – que têm garantias e pisos salariais – é a principal explicação.

E a situação tende a piorar, com a reforma trabalhista. Modalidades de contratação como o trabalho intermitente, a terceirização e a pejotização (trabalhador que abre empresa para prestar serviço para uma única empresa) vão achatar a renda dos trabalhadores, que não terão mais a certeza do quanto irão ganhar. Além disso, garantias como contribuição ao INSS e ao FGTS vão virar lenda, assim como as chances de aposentadoria ficarão cada vez mais remotas.

Isso é tudo é muito sério. Impacta no bolso do trabalhador, na qualidade de vida de sua família e na capacidade de o país ter condições de se desenvolver. Mas não foi para modernizar que a reforma trabalhista foi aprovada? Pois é. A verdade que denunciamos desde a época da luta contra essa reforma vem cada vez mais à tona.

Essa situação pode ser barrada. E só tem uma forma para isso: a luta e o fortalecimento da organização dos trabalhadores, o Sindicato. A ofensiva patronal sobre nossos direitos fica cada vez mais pesada. Somado aos governos e a uma maioria no Congresso que age em favor desses patrões, temos um quadrode muito prejuízo para os trabalhadores. É fundamental construirmos a resistência. Venha para o Sindicato!

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07