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Jorge Nazareno
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Terceirizados são vistos como segunda classe

Por Jorge Nazareno - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região 08 maio 2018

O acidente que vitimou um trabalhador terceirizado na empresa Mercúrio, de Jandira, mostra o tamanho do descaso como são tratados trabalhadores terceirizados e o modo como certas empresas encaram o relacionamento com o Sindicato em relação as questões de saúde e segurança. Até segunda-feira, 7, dez dias depois do acidente, a empresa não sabia dizer nem o nome da vítima. Veja só, o trabalhador prestava serviço de manutenção no telhado da empresa, morreu ao cair do telhado desta empresa e tudo que a empresa diz ao Sindicato é que os documentos relacionados estão em mãos da empresa contratada; no entanto, também não nos passa o nome dessa empresa. Tenta se eximir de responsabilidade.

Trabalhadores terceirizados são os mais precarizados, com jornadas excessivas e pouco ou nenhuma atenção a sua saúde e segurança. Essa é uma prova clara.

Outro dado que chama a atenção é que o acidente aconteceu dois dias antes do 28 de abril, Dia em Memória às Vítimas de Acidentes de Trabalho, período em que o Sindicato realizava forte mobilização para atrair a categoria para o ato que celebrou a data. Essa triste coincidência expõe a necessidade de ampliar a participação nas atividades do Sindicato, estes são momentos valiosos para o trabalhador ampliar seu conhecimento e sua consciência para agir contra o despeito aos seus direitos e aos de seus companheiros. O próximo encontro é o 39º Ciclo de Debates, que acontecerá no dia 6 de junho, na sede. Participe!

Ao Sindicato e aos trabalhadores da Mercúrio o caminho é o da luta, conscientização e da Justiça. Não vamos descansar até ver o caso apurado e as devidas providências adotadas.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07