A semana é de muita mobilização e negociação para os trabalhadores, em Brasília. Como não é surpresa, o Congresso, cuja maioria é composta por representantes sem identidade com nossas lutas, vai colocar em votação o projeto de lei 4330. Faz 11 anos que lutamos contra esse projeto que precariza direitos. Foi feito um substitutivo, ou seja, um projeto que considera questões contidas no original. Mesmo assim, não garantiu direitos nem dos terceirizados nem dos diretamente contratados. Por isso, centrais como a Força Sindical buscam negociar alternativas, diante do fato consumado que é a vontade do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) em colocar o projeto em votação nesta terça-feira, 7.

A alternativa não resolve todos os problemas, porque o melhor dos mundos seria, de fato, não termos o projeto. Mas, como se trata de negociação com o relator do substitutivo, deputado Arthur Maia (SD-BA), houve avanços no sentido de conseguir para os companheiros terceirizados a mesma representação sindical e os direitos da Convenção Coletiva e de os sindicatos serem avisados previamente sobre qual setor a empresa pretende terceirizar. Antes, a proposta não contemplava nenhum destes pontos.

Também temos o debate de forma mais ampla sobre as MPs (medidas provisórias) que alteraram as regras para o acesso ao seguro-desemprego, auxílio-doença e a outros direitos trabalhistas. Nestes debates, vamos procurar convencer os parlamentares de que é preciso mudar as MPs em benefício do trabalhador.

Além disso, há novas manifestações populares marcadas para esta semana, em relação a conjuntura nacional. Por isso, é importante, analisar qual é o momento que vivemos e a importância da unidade em defesa de nossas conquistas. Só a força da nossa solidariedade de classe é que pode nos fazer resistir a qualquer tentativa de retrocesso.