A postura dos deputados na sessão que aprovou a admissão do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff deixou escancarado que não há crime de responsabilidade que sustente a tentativa de tirar a presidenta do cargo. Foram alegados todos os motivos possíveis (ou impossíveis), menos aqueles previstos na Constituição, ou seja, a prática de crime de responsabilidade.

Ficaram também bem escancaradas as alianças que o vice-presidente Michel Temer tem estabelecido, nos bastidores, enquanto espera o desfecho do processo no Congresso. As entidades empresariais estão todas neste projeto de golpe, já que veem a possibilidade de emplacar suas propostas contra os direitos dos trabalhadores.

Tudo isso deixa claro que está sendo desenhado um golpe contra a Democracia e contra nossos direitos. Temos de fazer o enfrentamento com luta, com unidade entre os trabalhadores, defendendo nossas conquistas e empunhando nossas bandeiras de luta.

Por isso, este 1º de maio tem ainda mais peso e significado. Vamos tomar as ruas e as redes sociais com o debate sobre o país que queremos, sim, mas certamente não é o mesmo que muitos defendem por aí. Pelos empregos, pela Justiça social, pela Democracia, contra o golpe, vamos fortalecer as mobilizações e a unidade por nossos direitos e a pauta trabalhista.