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Para centrais, fraudes não justificam mudanças no seguro-desemprego

Por Agência Câmara | 09 abr 2015

A justificativa do governo para as mudanças no acesso ao seguro-desemprego não convence as centrais sindicais, que negam que fraudes sejam responsáveis pelo aumento dos gastos com o seguro-desemprego. A constatação foi feita na terça-feira, 7, durante audiência pública na Câmara dos deputados sobre as MPs (Medidas Provisórias) 664 e 665, dificultam o acesso a benefícios a direitos trabalhistas e previdenciários.

Quando anunciou as medidas, o governo alegou que as mudanças no seguro-desemprego foram feitas para evitar fraudes. A MP 665, ampliou o tempo de contribuição para o acesso do trabalhador ao seguro.

O secretário de administração e finanças da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Quintino Severo, disse que as fraudes existem, mas elas são pequenas diante dos números do Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT, que financia a concessão do seguro-desemprego. Quintino também é o presidente do Conselho Deliberativo do FAT, órgão de gestão do fundo.

“Nós caracterizarmos aqui a necessidade de fazer ajustes no seguro-desemprego, especialmente, e no abono salarial com o argumento que há fraudes, não acredito que isso seja justificativa para fazer essa alteração tão drástica para os trabalhadores”, ressaltou Quintino.

Os sindicalistas também lembraram que o governo havia se comprometido, no ano passado, a não mexer em nenhum direito trabalhista sem antes ouvir as centrais. Eles também propuseram uma série de medidas para o governo aumentar a arrecadação, como a criação do imposto sobre grandes fortunas.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #08