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Centrais sindicais cobram auxílio emergencial já, sem arrocho fiscal

Por Auris Sousa | 24 fev 2021

As centrais sindicais voltaram a reivindicar, em nota, o retorno do auxílio emergencial no valor de R$ 600. Também repudiam a chantagem do Governo Bolsonaro que propõe, em troca de um auxílio com um valor reduzido, aprovar mudanças constitucionais que destroem as políticas sociais de saúde e educação. A PEC (Proposta de Emenda à Constituição), que abre condições fiscais para a volta do auxílio emergencial, deve ser votada nesta quinta-feira, 25, no Senado. 

Leia a nota das centrais:

As Centrais Sindicais – CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB e CGTB– reivindicam a aprovação, com urgência, pelo Congresso Nacional, da retomada do auxílio emergencial de R$ 600,00 até o fim pandemia.

O auxílio emergencial foi fundamental, em 2020, para garantir renda e proteção a mais de 67 milhões de pessoas, sendo responsável pela sustentação da atividade econômica pelo consumo das famílias, evitando que a queda estimada do PIB de 4,5% não viesse a ser duas a três vezes maior.

Neste momento, fevereiro de 2021, a triste realidade do Brasil é a da permanência da gravidade da pandemia, do atraso na vacinação e da ausência de qualquer auxílio. Desde setembro de 2020 a situação econômica dos trabalhadores vem se agravando com a redução do auxílio pela metade, tendo alcançado um nível alarmante após seu corte abrupto, e sem sinais de arrefecimento da crise sanitária, em dezembro.

Por isso alertamos para o fato da urgência em resgatar o auxílio emergencial da forma como ele foi instituído em sua origem. Importante notar que não se trata de uma medida permanente, mas que atende a uma situação de emergência, protegendo os brasileiros e brasileiras que estão desempregados e sem renda do trabalho.

Repudiamos a chantagem do Governo Bolsonaro que propõe, em troca de um auxílio com um valor reduzido a 40%, para menos da metade dos beneficiários e por poucos meses, aprovar mudanças constitucionais que destroem as políticas sociais de saúde e educação, que promovem brutal desmonte do financiamento do orçamento público e um violento arrocho salarial sobre os servidores públicos e aposentados.

A manutenção do auxílio emergencial é parte essencial da resistência às dramáticas consequências da pandemia sanitária e isso foi comprovado por estudos, por pesquisas e, sobretudo, pela prática do cotidiano.

Sua manutenção deve estar articulada a uma política geral de vacinação universal realizada pelo Plano Nacional de Imunização do SUS. Auxílio emergencial e vacinas são políticas essenciais que devem estar conectadas às políticas econômicas e sociais.

Políticas que, para o bem do Brasil, devem promover e sustentar a retomada do crescimento econômico, a geração de emprego e renda, condições que permitirão, aí sim, progressivamente, o fim do auxílio emergencial.

São Paulo, 23 de fevereiro de 2021

Sérgio Nobre – Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores

Miguel Torres – Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah – Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores

Adilson Araújo – Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

José Reginaldo Inácio – Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

Antônio Neto – Presidente da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

Ubiraci Dantas de Oliveira- Presidente da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07