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Metalúrgicos da região aprovam pauta a ser entregue na Fiesp nesta quinta

Por Auris Sousa | 25 set 2018

Os metalúrgicos de Osasco e região deram um grande passo no sábado, 22, quando aprovaram a pauta de reivindicações de 2018 em assembleia realizada na sede do Sindicato. Ela tem como principal eixo a defesa da Convenção Coletiva, será referendada nas portas de fábricas e entregue aos patrões na próxima quinta-feira, 27, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), em São Paulo.

A Convenção Coletiva da categoria reúne mais de 100 garantias importantes em defesa de direitos, saúde e segurança dos metalúrgicos. Todas estas garantias estão ameaçadas, e são importantes tanto quanto a pauta econômica. Garantir que o Sindicato acompanhe as homologações, garantir a contribuição para o custeio sindical, a proibição da terceirização nas atividades fim e do trabalho intermitente também fazem parte das reivindicações. Estes e outros pontos que fazem parte da pauta servem para combater a reforma trabalhista, que retira direitos.

“Só unidos vamos ter voz e a Convenção será a voz de todos”, avalia trabalhadora da Zoppas.

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A programação da assembleia trouxe informações importantes da conjuntura política e econômica do país. O técnico do Dieese, Altair Garcia, disse que, na hora das negociações, os trabalhadores devem ficar de olho no PIB (soma de todas as riquezas produzidas pelo país), no índice de produção industrial e de faturamento da indústria. Também reforçou: temos de lutar por direitos importantes que foram conquistados a base de muita luta.

“É um momento emblemático e importante. Temos que recuperar o nosso protagonismo, senão vamos retroceder para a década de 1930”, alertou Altair, que orientou a categoria a ficar de olho também nas eleições.

Durante a assembleia, o presidente Jorge Nazareno e secretário-geral do Sindicato, Gilberto Almazan, passaram informações sobre a base, reforçaram a importância da unidade para impedir retrocessos, como a terceirização, e destacaram a necessidade de defender a convenção. “Este ano não será fácil, a negociação será mais difícil do que as dos anos anteriores, vai exigir muita luta de toda a categoria e vai exigir mais, cada vez mais, organização dos trabalhadores”, enfatizou o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno.

Aos trabalhadores presentes, a diretoria pediu que as informações debatidas e apresentadas na assembleia sejam repassadas aos companheiros que não compareceram. Para um companheiro da Belgo, a mobilização é essencial para a defesa da Convenção Coletiva. “É sempre bom participar dos encontros no Sindicato, porque a gente sai bem informado e unido para mantermos a Convenção Coletiva e melhorar a situação a categoria”, avaliou.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07