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Clemente Ganz
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2017: maioria das greves foi para manter direitos

Por Clemente Ganz - Diretor técnico do Dieese 25 set 2018

Em 2017, o Sistema de Acompanhamento de Greves do DIEESE registrou 1.566 greves, queda de 26% em relação a 2016, mas quantidade ainda bem superior aos números anteriores a 2013, quando eram realizadas cerca de 500 mobilizações por ano.

Os trabalhadores da esfera pública realizaram 814 paralisações e os do setor privado, 746.

A maioria das greves (81%) foi motivada por questões de caráter defensivo. Mais da metade (56%) protestava contra descumprimento de direitos. Em 44%, os trabalhadores exigiam regularização de verbas atrasadas, como salários, 13º salário ou vales salariais. Reajuste de salário e de pisos foi o motivo de 32% das paralisações.

Importante lembrar que uma greve contém mais de uma reivindicação.

O DIEESE conseguiu acompanhar o desfecho de 570 dessas paralisações. Em 78% delas, os trabalhadores conseguiram ter atendidas as reivindicações. Apenas 535 (34%) greves continham dados sobre os meios adotados para resolver o conflito. Na maior parte dessas (87%), o acordo foi conquistado com negociação direta e/ou mediada.

As greves mostram a força dos trabalhadores para a luta por direitos, para a busca da justiça social. As greves indicam que os trabalhadores querem, podem e devem intervir no seu destino. A solução das greves na mesa de negociação mostra a importância dos sindicatos no papel de representação dos trabalhadores.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #05