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Antonio Carlos Roxo
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DNA de Luta

Por Antonio Carlos Roxo - Doutor pela USP, analista do Seade, participa da FBP-OM 21 jul 2021

“Não chores meu filho, não chores, que a vida é luta renhida: viver é lutar. A vida é combate que os fracos abate, que os fortes, os bravos só pode exaltar” – (Gonçalves Dias – Canção dos Tamoios)

Em 1968, em pleno regime militar, o “arrocho salarial” -cumprindo uma das tarefas da ditadura – aviltava os salários da classe trabalhadora. O Sindmetal – ainda em sua infância – após acirrada disputa tinha nova diretoria. Os trabalhadores depositavam suas esperanças na capacidade de comando e de luta das novas lideranças. A ditadura usava seu poder de repressão para inibir movimentos de contestação. Em julho “estoura” a greve da Cobrasma. Sindicato e comissão da fábrica em estreita sintonia. Decretada a intervenção, grevistas são perseguidos com prisões e registro em listas dos RHs das empresas. A solidariedade aos grevistas, no entanto, se dissemina quase que em combustão espontânea.

Este é daqueles momentos em que se define para sempre o sentido e a missão de uma vida. O Sindicato, aniversariante, segue em sintonia com o compromisso histórico constituído então, defesa intransigente da classe operária de suas aspirações e reivindicações . Ao longo do tempo, “não tem negado fogo” em defesa da soberania popular e na luta por um país igualitário que reconheça o direito de uma vida digna para todos. Não se acovarda em participar de lutas às mais variadas, sem perder o foco que o distingue. Lá atrás se contrapondo contra a ditadura, hoje contra um “governo” genocida e corrupto. Está no seu DNA o espírito de luta!

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #04