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Previdência: é preciso barrar reforma

Por Auris Sousa | 24 fev 2017

Com argumentos simplificadores para reduzir os gastos públicos, a proposta do governo para a reforma da Previdência afeta a vida dos trabalhadores brasileiros e de todos os que dependem de benefícios, pensões e assistência social. Uma geração inteira, que hoje está no mercado de trabalho, seus filhos, netos e gente que nem nasceu sofrerá com a medida, além dos que já estão aposentados. A reforma só não atinge os militares.

Entre as principais mudanças, o projeto prevê que: a idade mínima para se aposentar será de 65 anos, ou seja, serão penalizados todos aqueles que entram cedo no mercado de trabalho, a maioria dos brasileiros, que também terão que comprovar 25 anos de contribuição, num país em que boa parte da população não consegue emprego formal; mulheres, professores e segurados especiais perderão as condições diferenciadas; pensões e benefícios assistenciais serão menores que o salário mínimo; para merecer o benefício total, o trabalhador precisará de 49 longos anos de contribuição.

A proposta está no Congresso Nacional, onde será votada em breve. Poderá ser rejeitada, ficar melhor ou ainda pior. O movimento sindical está unido contra a reforma, mas todos os trabalhadores e a sociedade civil precisam se envolver na discussão e entrar na batalha, pois há muito em jogo. Procure seu deputado e pressione contra a aprovação. Mantenha seus direitos. 

Clemente Ganz Lúcio

Diretor Técnico do DIEESE e

membro do CDES

(Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social)

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #05